Para furar o olho de um ladrão: um feitiço de revelação e punição


Descubra o feitiço “Para furar o olho de um ladrão”, que revela o rosto do infrator e o atormenta até devolver o que roubou, usando magia ancestral.

A prática da magia sempre esteve ligada ao desejo humano de restaurar a justiça, especialmente em situações de furto e traição. Entre os rituais mais antigos e poderosos, destaca-se o feitiço conhecido como “Para furar o olho de um ladrão”. Esse encantamento não apenas busca punir o infrator, mas também revelar sua identidade através de uma visão mística. A combinação simbólica da gordura de galinha, do mercúrio e do sangue humano, juntamente com o poder do prego de cobre e a invocação de entidades infernais, confere ao ritual uma força capaz de atravessar os véus do oculto.

A simbologia dos ingredientes e objetos utilizados

Cada elemento deste feitiço carrega um significado profundo e específico, potencializando a eficácia do ritual:

 Gordura de galinha: Associada ao sacrifício e à energia vital, a gordura age como um condutor que une o plano físico ao espiritual. Em muitas tradições, a galinha é vista como um animal de alerta e proteção, cuja essência aqui é transformada em um instrumento de revelação.

 Mercúrio: Metal líquido conhecido por sua fluidez e capacidade de penetrar superfícies, o mercúrio simboliza a conexão entre mundos distintos. Na alquimia, é visto como o mediador entre o céu e a terra, o visível e o invisível. No contexto do feitiço, sua presença amplia o alcance da visão mística.

 Sangue humano: Fonte da força vital e da identidade, o sangue serve como uma assinatura energética, ligando o ritual diretamente à vontade do praticante. Além disso, o sangue representa o vínculo inquebrável entre o conjurador e o objetivo do feitiço.

 Prego de cobre: O cobre é um metal condutor de energia, frequentemente associado a Vênus e ao poder da atração e manipulação. Forjar o prego antes do nascer do sol, em um domingo, e consagrá-lo com três golpes de martelo em nome do diabo, confere ao objeto a capacidade de perfurar não apenas o símbolo do olho, mas também a consciência do ladrão, gerando tormento até que ele seja compelido a devolver o que tomou.

 Cera branca de abelha virgem: Símbolo de pureza e sacralidade, a cera de abelha atua como um selo que fixa a energia do feitiço, garantindo que sua influência permaneça até que o objetivo seja alcançado. A escolha da cera virgem reforça a ideia de um poder não corrompido, capaz de penetrar o plano astral com precisão.

O momento ideal para realizar o ritual

A escolha do domingo de manhã, durante o culto da igreja, não é acidental. O domingo é regido pelo Sol, astro da iluminação, da verdade e da revelação. Realizar o feitiço enquanto a comunidade se dedica à adoração cria um contraste energético que amplifica o impacto do ritual, utilizando o poder coletivo da fé para fortalecer a vontade do praticante.

Além disso, forjar o prego antes do nascer do sol simboliza a conquista da luz sobre as trevas, estabelecendo o domínio da vontade humana sobre o oculto. Os três golpes de martelo representam a trindade infernal — Satanás, Belzebu e Belial —, cujas presenças são invocadas para intensificar o efeito do feitiço.

Passo a passo do ritual

1. Preparação da massa mágica:

Em um domingo de manhã, durante o culto da igreja, misture a gordura de galinha, o mercúrio e o sangue humano até formar uma pasta homogênea. Enquanto realiza a mistura, concentre-se na imagem do ladrão sendo compelido a devolver o que roubou.

2. Desenho do olho:

Sobre uma folha de papel branca, desenhe um olho utilizando a massa preparada. Ao redor do olho, escreva as palavras sagradas que acompanham o feitiço, criando um círculo mágico que aprisiona a energia do ladrão.

3. Forja do prego de cobre:

Antes do amanhecer, forje um prego de cobre e, a cada um dos três golpes de martelo necessários para moldá-lo, diga em voz alta o nome de uma das entidades infernais: “Satan, Belzebuth, Bellial.” Essa consagração vincula o prego ao poder dos três príncipes do Inferno, conferindo-lhe a capacidade de penetrar não apenas a matéria, mas também a alma do ladrão.

4. Perfuração do olho desenhado:

Posicione o prego sobre o olho desenhado e, com o mesmo martelo usado na forja, dê três golpes firmes, dizendo:

“Satan, Belzebuth, Bellial, Ashtaroth et omnia daemonia infernalis.”

Ao fazer isso, visualize o ladrão sentindo uma dor aguda e uma inquietação irresistível, incapaz de encontrar paz até devolver o que roubou.

5. Fixação e revelação do rosto do ladrão:

Vire o papel de modo que o lado escrito fique para cima e fixe-o em um prato ou pires usando cera branca de abelha virgem nos quatro cantos da folha. Em seguida, encha o prato com água, cobrindo parcialmente o papel. Durante as próximas três horas, observe a superfície da água com atenção: o rosto do ladrão se manifestará, permitindo que você o reconheça.

6. Encerramento do ritual:

Após a visão, queime o papel imediatamente, encerrando assim a conexão com o mundo espiritual e garantindo que a energia do feitiço permaneça direcionada ao ladrão até que ele devolva o que roubou. Ao queimar o papel, diga em voz firme:

“Que as chamas levem meu desejo ao coração do ladrão, até que a justiça seja feita. Assim é, assim será.”

Potencializando o efeito do feitiço

Para aumentar a eficácia do ritual, considere os seguintes aspectos:

 Fase da lua: Realize o feitiço durante a Lua Minguante, que favorece o banimento de energias negativas e a quebra de resistências. Caso deseje resultados mais rápidos, a Lua Cheia amplifica o poder do ritual, tornando-o mais intenso.

 Incenso de enxofre ou mirra: Queimar incenso durante o ritual ajuda a purificar o ambiente e a elevar a energia do praticante, facilitando a comunicação com o plano espiritual. O enxofre, em particular, é conhecido por sua associação com o submundo e o poder infernal.

 Concentração e emoção: A eficácia do feitiço depende da intensidade emocional com que é realizado. Visualize o ladrão sofrendo o tormento da culpa e da inquietação, sentindo-se compelido a devolver o que roubou para se livrar do sofrimento.

Considerações éticas e responsabilidade do praticante

Embora o objetivo deste feitiço seja restaurar a justiça, é fundamental que o praticante aja com responsabilidade. Trabalhar com entidades infernais requer respeito e clareza de intenção, pois a energia invocada pode retornar ao emissor caso o ritual seja realizado com motivações egoístas ou vingativas.

Além disso, é importante lembrar que a verdadeira magia não busca prejudicar, mas sim corrigir desequilíbrios. O feitiço atua como um catalisador para despertar a consciência do ladrão, levando-o a reconhecer seu erro e a buscar a redenção.

Origens históricas e influências culturais

Este ritual tem raízes nas tradições mágicas medievais, em que grimórios como o “Ars Goetia” e o “Pseudomonarchia Daemonum” listavam os nomes e funções dos demônios infernais, muitos dos quais eram invocados para obter justiça e revelação. O uso do mercúrio e do sangue humano remonta às práticas alquímicas, enquanto o ato de desenhar o olho simboliza a vigilância divina que tudo vê.

O prego de cobre, forjado antes do amanhecer, é uma referência ao simbolismo da aurora como um momento de transição entre a noite e o dia, o oculto e o revelado. Já a cera de abelha virgem reflete a pureza da intenção do praticante, essencial para garantir que o feitiço atue apenas em quem realmente cometeu o roubo.

O feitiço “Para furar o olho de um ladrão” é uma poderosa ferramenta de magia defensiva, capaz de revelar a identidade do infrator e atormentá-lo até que ele devolva o que roubou. Ao combinar a força simbólica dos ingredientes, o poder do prego de cobre e a invocação das entidades infernais, o praticante se alinha às forças do universo para restaurar a ordem e a justiça.


Realizado com fé, concentração e responsabilidade, esse ritual demonstra o poder da vontade humana e da conexão com o mundo espiritual, provando que, mesmo diante da injustiça, é possível reivindicar o que nos pertence e trazer à luz aqueles que agem nas sombras.

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