Desde os tempos antigos, o ser humano buscou formas de desvendar mistérios e recuperar o que foi perdido. Entre esses métodos, destaca-se o ritual para localizar objetos roubados, descrito em grimórios medievais e preservado nas tradições do ocultismo. Este artigo explora, em detalhes, o passo a passo desse experimento, abordando as orações sagradas, a preparação do ambiente e o uso simbólico de ferramentas mágicas, como a peneira e a espada da arte.
Com base em ensinamentos esotéricos, este guia visa oferecer um entendimento aprofundado da prática, enfatizando a importância da fé, da concentração e do respeito às forças espirituais envolvidas.
Preparação para o Ritual
Antes de iniciar o ritual, é essencial realizar a devida preparação, seguindo cada etapa com precisão. A eficácia do experimento depende da pureza do local, da intenção do praticante e da conexão com as energias invocadas.
1. Escolha do Local:
O espaço deve ser limpo física e energeticamente, livre de interrupções e perturbações. O ideal é realizar o ritual em um ambiente tranquilo, onde o praticante possa se concentrar sem distrações.
2. Purificação do Ambiente:
Incense o local com aromas agradáveis, como olíbano ou mirra, conhecidos por elevar a vibração espiritual. Em seguida, asperja o ambiente com água consagrada, conforme as instruções descritas no capítulo dos círculos mágicos.
3. Instrumentos Necessários:
• Peneira ou cesta de borda rígida
• Corda de enforcado (ou, simbolicamente, um cordão negro para representar a transição entre mundos)
• Recipiente de bronze com água de fonte natural
• Ramo de louro verde
• Espada mágica da arte (ou um instrumento ritualístico equivalente)
Esses elementos possuem significados simbólicos profundos. A peneira representa o filtro entre o mundo físico e o espiritual; a corda do enforcado simboliza a conexão com o limiar da vida e da morte; a água de fonte carrega a pureza da natureza; e o louro, associado a Apolo, deus da profecia, fortalece a visão espiritual.
Oração Inicial: Invocação da Presença Divina
Após a preparação do ambiente, o praticante deve recitar a oração inicial para invocar a presença divina e obter permissão para realizar o experimento. Esta oração é fundamental para estabelecer a proteção espiritual e abrir o caminho para a revelação do oculto.
Oração Inicial:
Ateh, Adonai Elohim, Asher Ha-Shamain Ve-Ha-Aretz!
Tu, Senhor, que criaste o Céu e a Terra,
Que mediste o mundo na palma de Sua mão,
Que Te assentas sobre os querubins e serafins,
Cujos cânticos incessantes proclamam: Qadosch, Qadosch, Qadosch, Adonai Elohim Tzabaoth!
Pela santa cidade de Jerusalém e pelo Nome sagrado de quatro letras: Yod, He, Vau, He,
Concede-me poder e virtude para realizar este experimento e alcançar o resultado desejado.
Por Ti, que és a Vida Eterna. Amém.
Durante a oração, mantenha a mente focada na intenção do ritual, visualizando o objeto perdido ou a verdade que deseja descobrir.
O Conjuro dos Espíritos Reveladores
Em seguida, realiza-se o conjuro destinado a invocar os espíritos reveladores, cuja função é trazer à luz o que está oculto. Pronuncie com firmeza, mas com respeito, pois essas entidades respondem à autoridade do praticante, mas devem ser tratadas com reverência.
Conjuro:
“Oh Pai Todo-Poderoso, que contemplas os Céus, a Terra e o Abismo,
Concede-me, pelo nome sagrado Yod, He, Vau, He, a virtude necessária para este exorcismo.
IAH, IAH, IAH, ordena a esses espíritos que mostrem diante de mim
A imagem do que foi perdido e a face daquele que cometeu o roubo.”
Ao final, ordene novamente:
“Espíritos acima mencionados, pelo poder de todos os nomes sagrados,
Que se manifestem agora, revelando o que buscamos!”
Após o conjuro, aguarde em silêncio, atento a qualquer sinal ou visão.
Método da Peneira: Revelando o Rosto do Culpado
O próximo passo é utilizar a peneira como instrumento de adivinhação, seguindo o método tradicional descrito nos grimórios antigos.
1. Preparação da Peneira:
Amarre a peneira pela borda com a corda de enforcado. No interior da borda, escreva, com sangue (ou tinta simbólica vermelha), os caracteres da figura 4, conforme o manuscrito original.
2. Uso da Água e do Louro:
Encha o recipiente de bronze com água de fonte natural e, segurando-o com a mão esquerda, mova a água em círculos no sentido anti-horário usando o ramo de louro. Simultaneamente, gire a peneira no sentido horário com a mão direita.
3. Visualização da Imagem:
Quando a água se acalmar e a peneira parar de girar, olhe fixamente para a superfície da água. A imagem do culpado aparecerá refletida. Caso deseje marcar essa pessoa para fácil reconhecimento, toque o reflexo com a ponta da espada mágica, traçando uma marca simbólica. Segundo a tradição, a marca será visível no rosto do verdadeiro culpado.
Método Alternativo: Adivinhação pela Peneira e Tesouras
Caso o método anterior não funcione, utilize a técnica da peneira e das tesouras, mais comum na Europa medieval.
1. Preparação:
Insira a ponta de uma tesoura aberta na borda externa da peneira. Os anéis da tesoura devem ser segurados pelos polegares de duas pessoas.
2. Oração e Nomeação dos Suspeitos:
Uma das pessoas deve recitar a oração:
“Dies Mies Yes-Chet Bene Done Fet Donnima Metemauz!
Oh Senhor, que libertou Susana da falsa acusação,
Que salvou Santa Tekla e resgatou Daniel da cova dos leões,
Mostra-nos a verdade e revela o culpado!”
Em seguida, pronuncie o nome de cada suspeito, repetindo três vezes:
“Por São Pedro e por São Paulo, fulano(a) não cometeu o roubo?”
A outra pessoa responde:
“Por São Pedro e por São Paulo, ele(a) não fez isso.”
Se, ao citar o nome do verdadeiro culpado, a peneira girar sozinha, o mistério está resolvido.
O sucesso desse ritual depende da fé, da concentração e da observância rigorosa das instruções. Caso não alcance o resultado desejado, revise se todos os materiais foram utilizados corretamente e se as orações foram recitadas com a devida intenção.
É importante lembrar que essas práticas fazem parte do patrimônio cultural do ocultismo, devendo ser utilizadas com responsabilidade e ética. O objetivo não é acusar injustamente, mas sim buscar a verdade com respeito às leis divinas e humanas.
Por fim, após o ritual, agradeça aos espíritos e ao Divino pela assistência recebida, desfazendo o círculo mágico e encerrando o trabalho com uma oração de agradecimento.
Oração de Encerramento:
“Glória a Ti, Adonai Elohim Tzabaoth,
Pela verdade revelada e pela justiça restabelecida.
Que a paz reine sobre todos os seres. Amém.”
Gostou do resultado? Posso ajustar o tom ou acrescentar mais referências históricas, se preferir. 😊
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